Por alexxande, em seu blog
Alguém me traz uma taça de cosmopolitan e explica o que é ser moderno ou pós-moderno ou contemporâneo?!
Eis que surge alguém com a tal taça, logo noto que não é um garçom, mas e daí se não é um garçom, apenas pedi a bebida, quem quisesse que trouxesse. Quem trouxe me olhou nos olhos com desdém, um ar blasé (sabe?), tragava alguma coisa indistinguível, entregou a taça na mão mesmo e me falou no ouvido que moderno, pós-moderno e contemporâneo são coisas diferentes, termos distintos, e eu que pensava que era só uma questão de terminologia, fiquei espantado e interessado no modo como o rapaz que trazia o cosmopolitan, o qual já havia sido bebido, falava.
Puxei ele para o meu lado e pedi para que dissesse mais sobre aquilo que começou, e então veio:
- Senhor, permita-me, a diferença básica entre esses três termos é elementar, talvez cronólogica, porém, uma coisa é certa, não designam a mesma coisa.
Aí eu olhando a taça vazia disse:
- E então o que designam?
E ele respondeu:
- Se estivermos pensando a mesma coisa, ou seja, se estivermos pensando na referência à arte, moderno é uma coisa, e contemporâneo outra. A questão do pós-moderno é estranha, sabe, porque moderno tem a ver com aquelas vanguardas européias, lembra?, cubismo era uma delas, daí no Brasil teve a semana de arte moderna, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Anita Malfatti, entre outros, teve bastante importância por aqui, pois foi um momento de esplendor da arte dentro do nosso país, mas e se a gente olhar do hoje, não parece algo ainda preso, recorrendo a estilos, moderno pode ser no linguajar coloquial o que há de mais novo, mas na arte, e a arte é assim, né?, sempre se recicla, sempre se reinventa, o novo é o contemporâneo, e em linhas gerais, o que se faz hoje é o que é contemporâneo (o que é desse tempo). Essa quebra com as vanguardas modernas apareceu pelos anos 50 e fez com que muita gente nova pudesse ter espaço, a questão de reinventar a arte fez com que ela se tornasse mais popular, mais acessível, as novas formas de expressão nasceram, as instalações, os híbridos, a arte vinha se tornando cada vez mais globalizada e ao mesmo tempo individual, as pessoas criavam seus estilos, a mesmice não existia mais, todo esse momento de largar o passado vanguardista e investir numa arte livre, popular e acessível marcou o pós-moderno.
- Se estivermos pensando a mesma coisa, ou seja, se estivermos pensando na referência à arte, moderno é uma coisa, e contemporâneo outra. A questão do pós-moderno é estranha, sabe, porque moderno tem a ver com aquelas vanguardas européias, lembra?, cubismo era uma delas, daí no Brasil teve a semana de arte moderna, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Anita Malfatti, entre outros, teve bastante importância por aqui, pois foi um momento de esplendor da arte dentro do nosso país, mas e se a gente olhar do hoje, não parece algo ainda preso, recorrendo a estilos, moderno pode ser no linguajar coloquial o que há de mais novo, mas na arte, e a arte é assim, né?, sempre se recicla, sempre se reinventa, o novo é o contemporâneo, e em linhas gerais, o que se faz hoje é o que é contemporâneo (o que é desse tempo). Essa quebra com as vanguardas modernas apareceu pelos anos 50 e fez com que muita gente nova pudesse ter espaço, a questão de reinventar a arte fez com que ela se tornasse mais popular, mais acessível, as novas formas de expressão nasceram, as instalações, os híbridos, a arte vinha se tornando cada vez mais globalizada e ao mesmo tempo individual, as pessoas criavam seus estilos, a mesmice não existia mais, todo esse momento de largar o passado vanguardista e investir numa arte livre, popular e acessível marcou o pós-moderno.
E eu perguntei:
- Então a arte que vive hoje é essa arte contemporânea?
- Então a arte que vive hoje é essa arte contemporânea?
E o rapaz responde:
- Se ela nasce hoje, pode ser, e se for marcada pela busca incansável de revirar a arte ao avesso, com certeza é.
- Se ela nasce hoje, pode ser, e se for marcada pela busca incansável de revirar a arte ao avesso, com certeza é.
http://alexxande.wordpress.com/2009/01/05/moderno-pos-moderno-ou-contemporaneo/
Nenhum comentário:
Postar um comentário